segunda-feira, 28 de maio de 2012

FMI veio para ficar, é como a marca TOYOTA


Hoje em dia, em Portugal, ouvimos falar mais do que nunca desta organização internacional, FMI – Fundo Monetário Internacional, devido a nossa conjuntura nacional e da nossa interdependência financeira.

A FMI veio para ficar, é como a marca TOYOTA, isto deve-se ao comportamentos ambiciosos, desta forma à medida em que relações económicas e sociais abrangem todo o mundo os indivíduos, os grupos e as nações tornam-se mais interdependentes.


Portugal é membro efectivo e integrante da Comunidade Económica Europeia desde 1985. 

Na minha opinião, a entrada para a CEE à data foi benéfica para Portugal, não direi a 100 %, mas na maior parte das vertentes. Dado que, aquando da entrada de Portugal a CEE o nosso país se encontrava abaixo dos padrões de desenvolvimento dos restantes parceiros europeus ocidentais, muitas melhorias aconteceram, por exemplo a taxa de mortalidade infantil teve um decréscimo acentuado, passando de 16% para 3.5% que é inferior à média europeia. No que diz respeito às infra-estruturas, Portugal passou a ter uma densidade de auto-estrada superior à média europeia, o que fez com que nalguns casos o tempo de viagem reduzisse para metade.

Ao nível da ciência e tecnologia também temos vindo a crescer aproximando-nos da média europeia. Mas nem tudo é positivo. Ao nível da Investigação e Desenvolvimento, o investimento tem sido muito pouco e ao nível da Educação o fosso é enorme e muito preocupante, pois em Portugal apenas 26,5 % da população entre os 25 e os 64 anos tem o ensino secundário completo, contra quase 70% da média europeia. Como em qualquer decisão que seja tomada, independentemente a que nível for, tem sempre os seus prós e contras. 

Quanto à adesão de Portugal à moeda única, consequência da entrada na CEE, veio por um lado facilitar as relações comerciais, entre Portugal e os restantes países, mas a nível local na minha opinião veio dificultar muito a vida à população portuguesa.

O custo de vida subiu desmesuradamente, os impostos aumentaram, e sem qualquer contrapartida, pois os salários mantiveram-se dando origem à descida do poder de compra dos portugueses. Também, as PME (Pequenas e Médias Empresas) se confrontaram com inúmeras dificuldades, dando origem à elevada taxa de desemprego actualmente. Considerando este cenário gostaria que os estados, governassem em prol das populações e não em prol dos mercados. 

O agravamento das turbulências que afectam actualmente a economia grega e a sua possível contaminação para outros países da zona do euro trazem consigo o risco de afectar outros países com a Espanha, Irlanda, Itália, Portugal e Reino Unido.

Considero importante a necessidade urgente da União Europeia encontrar uma fórmula mais solidária de apoiar este país e não aplicar taxas de juros tão elevadas aquando do empréstimo do dinheiro ou até entregar alguma parte desse dinheiro, a fundo perdido, pró-forma a evitar o colapso social e económico não só da Grécia, mas também de outros países que estão na calha.

Este cenário existe, porque vivemos num mundo Globalizado, os estados das várias nações estão agora mais do que nunca interligados, mas estes são uns dos vários agentes responsáveis por este processo de tendência para a mundialização da economia, dos negócios, dos mercados, gostos e hábitos de consumo.

Que surpresas reserva ainda para Portugal, o FMI ?

domingo, 27 de maio de 2012

DIÁLOGO COM A CIDADE – GRAFITE


Obra do Jovem Eime, realizada com o apoio da Galeria de Arte Urbana e Junta de Freguesia da Penha de França

Numa visita ao Alto da Eira, em Lisboa, encontrei um espaço  de lazer, com um desenho surpreendente no  suporte do alçado lateral de um edifício.
Os Desenhos,  expressam emoções, neste caso em concreto,  através dos elementos que compõem, consegue absorver facilmente a nossa atenção, ficando para segundo plano a zona envolvente.

Este trabalho na minha opinião, consegue com que este espaço fique associado a um ideal de belo.

Esta arte urbana é um produto da evolução da humanidade que expressa as suas experiencias e emoções criando este tipo de diálogo intencional, conseguindo interferir na Cidade, especialmente se considerarmos a paisagem urbana de Lisboa, abandonada, este tipo de arte, na minha opinião deixa a cidade menos tristes e monótona.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Emigração



Embora seja uma experiência curta, foi bastante importante para mim espreitar a Europa, para depois realizar uma comparação com nosso país e devo dizer que são abismais, considero que Portugal encontra -se efectivamente no rabo da Europa.

Fui até à SUIÇA 1994 - Encontrei um país muito organizado, encontrei um povo muito empenhado na preservação da natureza e na sua cultura.

Mas pela primeira vez na minha vida, senti na pele o significado da palavra xenofobia, que não é mais que o medo irracional, aversão ou a profunda antipatia em relação aos estrangeiros, embora a comunidade Portuguesa seja bem vista, não deixamos de ser estrangeiros – emigrantes.

Foi o único ponto negativo que encontrei, achei o povo Suíço, um povo frio.

Nós somos um povo com tradição no que diz respeita à Emigração, desde o século XV somos um país de emigrantes, facto que na minha opinião acabou por condicionar toda a nossa história.

Como é do conhecimento geral, nos séculos XV e XVI a emigração dirigiu-se sobretudo para as costas do norte de África (Marrocos), ilhas atlânticas (Açores, Madeira, São Tomé, Cabo Verde, Canárias) e depois da descoberta do caminho marítimo para a Índia (1498) espalha-se pelo Oriente, mantendo-se muito activa até finais do século XVIII.  

Em meados do século XVI aumenta a emigração para o Brasil, o qual acaba por se tornar no século XVII no principal destino dos portugueses, o que se manterá sem grandes oscilações  até finais dos anos 50 do século XX.
Em finais do século XIX os portugueses começam a procurar activamente novos destinos alternativos ao Brasil, quer na Europa,   quer no outro lado do Atlântico.

Ao longo do século XX, fora da Europa, espalham-se pelos EUA, Argentina, Venezuela, Canadá, Austrália, etc. O fluxo emigratório para África aumenta, em especial para Angola, Moçambique e outras regiões da África Austral como a África do Sul, Zimbabwe ou o Congo.  

A grande debandada do país, ocorre todavia a partir de finais dos anos 50, e dirige-se agora para a Europa: França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Suíça, etc. O impacto deste surto emigratório será tão forte que abala toda a sociedade portuguesa. Em menos de dez anos, emigram para a França, por exemplo, mais de um milhão portugueses.   

Hoje em dia, convivo diariamente com colegas e residentes de várias comunidades / etnias, cada vez mais me tenho vindo a aperceber que é fundamental que os tratemos de igual para igual com respeito e fundamentalmente sendo solidários.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Assembleia de Freguesia do Lumiar



 Umas das minhas intervenções da AF Lumiar

Fui membro da Assembleia de Freguesia do Lumiar – 2001 a 2009.

Em 2001, considerei a necessidade de fazer parte de uma lista e concorri às eleições autárquicas, porque sabia que é na Junta de Freguesia e principalmente na Câmara Municipal de Lisboa, onde se tomam as decisões para o bairro onde vivia. Desta forma era importante ter nesses órgãos pessoas que conheciam a nossa realidade. Um outro objectivo era alargar o meu campo de intervenção. Deixava de ser apenas local, uma vez que, como refiro mais abaixo, tenho desenvolvido diversas actividades ao nível do associativismo, mas também intervir sobre os assuntos ligados à Freguesia. 

Na elaboração do programa eleitoral do grupo político a que eu pertencia, considerei importante propor as seguintes linhas de acção, considerando que era conhecedor destas necessidades apresentadas, a saber:

·        Apoiar as famílias, com apoio educacional e social;

·        Criar um serviço domiciliário à população idosa e carenciada;

·        Mais equipamentos sociais, face ao pouco número existente nesta área urbana. Deverão ser construídos equipamentos de apoio à criança, juventude e terceira idade (mais parques infantis e polidesportivos) nomeadamente na zona de expansão urbana como é o caso do Alto do Lumiar;

·        Melhorar os espaços verdes e públicos;

·        Transportes e acessibilidades;

·        Habitação combater novos guetos urbanos, o porquê desta necessidade:

O Bairro da Cruz Vermelha, está inserido numa zona de franca expansão e transformação, infelizmente o planeamento urbanístico não assegurou a criação de Infra-estruturas viárias, pedestre necessárias e continua a ser necessário ajustamentos na articulação da malha urbana, com a rede viária arterial e principal.

1. Mobilidade / qualidade de vida

1.1 Apesar do colossal investimento feito nos últimos anos no território da Alto do Lumiar (público e privado), a zona tinha e continua a ter deficiências graves que atrasam o seu desenvolvimento, reflectindo na qualidade de vida dos seus residentes, nomeadamente nos mais idosos, deficientes e população em geral em se deslocar.

1. 2. Os actuais acessos deixam os transportes públicos fora do bairro.

2. Segurança

2.1 Os actuais acessos junto de alguns edifícios dificultam a acção das forças de segurança, nomeadamente a dos BOMBEIROS.

2.1 Os actuais acessos permitem desenvolver o mercado de ilícitos no interior do bairro, considerando que os mecanismos de protecção de quem opera na rua necessitam de terrenos urbanos de mais difícil acesso, desta forma e com os actuais acessos e muito fácil controlar quem sai e quem entra no Bairro.

Nesta Assembleia, os residentes da Freguesia podem intervir, expor as suas dúvidas, receios, anseios, propor soluções para os seus próprios problemas, para os problemas ligados ao seu Bairro ou da Freguesia. Considero importante a presença do munícipe, porque é um exercício de cidadania, como também julgo dignificar as autarquias locais.

O Presidente da Assembleia de Freguesia do Lumiar, em cumprimento com o estabelecido do artigo 19.º, alínea b), da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, conjugado com o artigo 13.º, n.º1 e artigo 37.º, n.º2 do mesmo diploma, com as alterações que lhe foram introduzidas pela Lei n.º 5-A /2002, de 11 de Janeiro, convoca quatro Assembleias de Freguesia anuais, ditas Sessões Ordinárias.

A Assembleia de Freguesia é o órgão deliberativo da freguesia. É eleita por sufrágio universal, directo e secreto dos cidadãos recenseados na área da freguesia, segundo o sistema de representação proporcional.

Este órgão autárquico tem diversas competências, destacando-se o acompanhamento e fiscalização da actividade da Junta, sem prejudicar exercício normal da competência desta, aprovar as opções do plano, as propostas de orçamento e suas revisões, aprovar as taxas da freguesia e fixar o seu valor, aprovar os quadros de pessoal e reorganizações de serviços.

De entre outras competências, a Assembleia de Freguesia pode aprovar referendos locais, sob proposta dos membros da Assembleia, da Junta, da Câmara Municipal e dos cidadãos eleitores, nos termos da lei.

A lei pela qual se rege a assembleia de freguesia é a Lei nº 169/99. Esta lei estabelece o quadro de competências, assim como o regime jurídico de funcionamento, dos órgãos dos municípios e das freguesias. Esta lei tem como objectivo o seguinte: estabelecer o regime jurídico do funcionamento dos órgãos dos municípios e das freguesias, bem como as respectivas competências. Este quadro de competências referidas anteriormente é actualizado pela concretização de atribuições previstas na lei – quadro. Votar moções de censura à Junta de Freguesia em avaliação da acção desenvolvida pela mesma ou por qualquer dos seus membros, no âmbito do exercício das respectivas competências. Enfim, de uma forma abrangente, diga-se que a Assembleia tem competência para se pronunciar e deliberar sobre todos os assuntos com interesse para a freguesia. Por sua iniciativa ou por solicitação da Junta.  

domingo, 20 de maio de 2012

Eu é que agradeço.



Quem como eu, trabalhou de uma forma voluntária e dei o meu tempo e o meu saber sem esperar algo em troca é sempre gratificante recebermos um carinho e um reconhecimento, neste caso pela equipa de atletismo da AMBCV Lumiar.

Quem vive  o Associativismo e quem deu muito do seu tempo, que é o meu caso, na resolução e construção desta associação, sabe que esta é a mais relevante forma de participação democrática de um cidadão.

Como já tive oportunidade de dizer, AMBCV, desenvolvi com grande espírito de missão, com sacrifício pessoal, familiar, porque decidi, conscientemente dar algo de mim às coisas do meu Bairro e, por consequência, aos outros.

Mas um voluntário não se queixa, isso é “conversa” para os profissionais.

Embora não tenha estado presente na cerimónia das comemorações dos 18º aniversário da AMBCV Lumiar, realizadas neste sábado, dia 19 de Maio de 2012, devido a razões de ordem familiar (saúde), recebi ontem em casa uma carta, entregue por mão própria, que muito me honra e muito me engrandece, pelas palavras dirigidas.

Se existe alguém que tem que agradecer serei Eu, pelo vosso envolvimento, pelo vosso acreditar, pelas vossas vitórias alcançadas, honrando o Bairro e a Freguesia do Lumiar.

Obrigada, Tiago Costa, Miguel Horta, Rui Justo, João Justo, Diogo Raimundo, João Covas, Marisa Antunes, Ruben Santos, Mário Negas, Pedro Runa, José Teixeira e Francisco Robalo, por este carinho e reconhecimento.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Compra de uma Mota


As dificuldades e os constrangimentos que diariamente temos em ultrapassar o trânsito, com a utilização do carro faz com que muitos sintam a necessidade de comprar um veículo, que dê maior vantagem em ultrapassar esses obstáculos.

Efectuei aquisição de uma mota de 125cc, tenho escapado aos congestionamentos do trânsito, traduzindo-se em muito, na vantagem, na economia de tempo e na economia no gasto de combustível no mesmo circuito semanal, tenho poupado 15,00€.

A questão do estacionamento também pesou na minha decisão, para não falar nos valores da manutenção: uma revisão de mota ronda os 30,00€, uma revisão de carro, nunca fica menos de 100,00€.

Mas também existem desvantagens, com a utilização da mota e o maior risco é o acidente. Desta forma, é importante usar roupas e calçado especial (equipamento de Protecção individual).

Outra desvantagem é andar de mota com chuva.

Desde 2009, os condutores com carta de ligeiros, podem conduzir alguns tipos de motociclos de cilindrada inferior a 125centímetros cúbicos.

A legislação resulta da transposição de uma directiva comunitária (directiva 91/439/CE). 

Na minha opinião brevemente esta alteração irá ter um forte impacto ao nível da melhoria da mobilidade, sobretudo em circuitos urbanos, onde haverá vantagens ao nível da redução de emissões, consequente redução de consumo de combustíveis e maior fluidez do tráfego.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Quarenta e duas Primaveras


As quarenta e duas bem contadas primaveras. 

Será mais um dia Feliz ao lado de todos aqueles que me estimam e eu muito estimo.

Foi mais um ano de aprendizagem, com os meus ideais mais amadurecidos, continuo decidido e manifesto a minha felicidade altiva, na presença dos meus filhos que são uma bênção oferecida, continuo abrir os braços para a vida, na companhia de um amor ainda vivido.

É preciso viver, não apenas existir ... 


terça-feira, 15 de maio de 2012

My KOI


Um koi na tatuagem com água corrente simboliza a coragem e a capacidade de atingir metas (Objectivos) e para superar as dificuldades da vida. 

Quando o koi na tatuagem é mostrado a subir, ele pode ser usado para significar que ainda luta pelos seus objectivos, um koi a jusante implica que já superou suas dificuldades, atingiu os seus objectivos. 

Na religião budista, os peixes Koi representa coragem.

Em geral Koi tatuagens são associadas com intensidade, amor e coragem.

domingo, 13 de maio de 2012

Exército Português 1991

Integrei o serviço militar obrigatório, em Abril de 1991, no quartel do Regimento de Engenharia n.º1 (RE1) na Pontinha em Lisboa.

Quartel ligado intimamente à história do 25 de Abril de 1974, devido ao MFA, o ter utilizado, como Posto de Comando do Movimento, no combate da opressão ditatorial e fascista que Portugal teve, durante 48 anos.

Só com o 25 de Abril de 1974, foi possível a homens e mulheres com mais de 18 anos elegerem, os seus representantes para a Presidência da República, para o Governo da Nação, para Assembleia da República, para o governo local, as Autarquias e para a Europa.

A revolução dos cravos uniu o povo português na concretização dos Três D`s.

Descolonizar, Democratizar e Desenvolver. Os dois primeiros estão cumpridos. Importa agora consagrar a todos e em especial aos nossos representantes os esforços para cumprir o terceiro D – Desenvolver.

Uma das medidas do MFA foi a extinção da censura prévia e em 1 de Maio de 1974 muitos Portugueses vieram para as ruas comemorar a liberdade por todo o país.

Foram legalizados os sindicatos, associações de estudantes, partidos políticos, aceitando-se a associação para difundir propostas e ideias. A partir deste dia os presos políticos foram libertados e os exilados regressaram a Portugal e puderam de novo integrar-se na sociedade democrática, ajudando a construir um país novo.

Ao nível do ensino, também, se verificaram mudanças. A escolaridade obrigatória passou a ser até ao 9º ano, foi proibido o trabalho infantil o que permitiu aos jovens dar valor à escola e aos estudos, podendo preparar-se melhor para a vida activa.

A nível político passámos a ter eleições livres, os partidos políticos passam a poder divulgar os seus programas eleitorais para eleição dos deputados à Assembleia da Republica e o povo também elege o Presidente da Republica. Também as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia passaram a ser eleitas pelas populações locais, que passam a poder fiscalizar o cumprimento das propostas eleitorais dos autarcas.

O MFA acaba com a guerra colonial, o que deu origem a países como Angola, Cabo Verde, Guiné, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Timor começou então a dar os primeiros passos.

A democratização de Portugal e a independência das ex-colónias, foram muito bem aceites pelas organizações internacionais e assim se abriram portas para a integração de Portugal na União Europeia.

Qualquer pessoa só tem direitos apenas quando tem liberdade. Quando alguém é privado de seus direitos, mesmo que sejam legais, perde parte da sua liberdade.

Hoje, vivo num estado democrático, com uma Constituição que me consagra a liberdade, direitos e garantias e eu tenho a responsabilidade enquanto cidadão de exercer os meus direitos constitucionais para que este país não pare o seu desenvolvimento e nunca perca a essência do seu humanismo para com os outros povos do mundo.

Recebi um certificado de apreço e uma folha de 25 linha assinada pelo comandante do Batalhão, “…O referido Militar, executou com pontualidade e eficiência todas as tarefas de que foi incumbido, não obstante serem ou não da sua especialidade.”

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Upjhon Farmoquímica, Lda


A minha primeira grande experiência profissional, e até a presente data a melhor empresa por onde passei, pelo trato, pela organização, constituiu uma boa referencia ao nível profissional.

 A Upjohn Farmoquímica, Lda., era uma empresa Multinacional Norte – Americana, sediada em Portugal, nas Torres do Restelo, em Lisboa, a sua afectividade em Portugal resumia-se a venda dos produtos fármacos, mas no seu país de origem, dedicava-se também à sua produção, como por exemplo, e possivelmente o mais conhecido o calmante – Xanax.

Serviço Nacional de Saúde, quem já não sentido a sua  necessidade, hoje mais do que nunca é tema  de conversa dos portugueses, por varias razões, questionamos  sobre a sua própria sustentabilidade, das taxas moderadoras e da sua qualidade.


Segundo a Constituição, os cidadãos têm direito a saúde tendencialmente gratuita. Os utentes têm de pagar as suas consultas, tratamentos e cirurgias, embora para alguns utentes seja gratuito, devido aos seus rendimentos, pedindo para esse feito isenção. 

O facto de ter sido funcionário da empresa Upjohn, consegui perceber que existe uma relação muito estreita entre o Delegado de propaganda médica da empresa e o Médico.

Ficando o medicamento genérico, medicamento com a mesma substância activa, forma farmacêutica e dosagem e com a mesma indicação terapêutica que o medicamento original, de marca, que serviu de referência, por prescrever.

Todos nós sabemos que os medicamentos genéricos, têm a mesma qualidade, eficácia e segurança a um preço inferior (35%) ao do medicamento original.

Tive que interromper a minha actividade laboral, na Upjohn Farmoquímica, Lda., para integrar o serviço militar obrigatório,

Recebi uma carta de recomendação a onde se pode ler “Ao longo do período em que trabalhou connosco, cumprido sempre de forma eficiente todos as tarefas que lhe foram atribuídas”. 

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Escola Secundária do Lumiar -1982 / 1987



Com o fim do ciclo preparatório, o meu processo é conduzido para Escola Secundária do Lumiar, sito na Rua Mário Sampaio Ribeiro (Quinta dos Frades), próximo da minha área de residência à data.

Tal como na preparatória, a passagem pelo ensino secundário, torna o processo continuo e evolutivo na aprendizagem na área da leitura, da escrita, das operações matemáticas, na história de Portugal e a compreensão do meio social e natural que nos envolve.

Tenho a consciência que esta passagem pela escola secundária, desenvolveu a minha maturidade cívica e sócio – afectiva, criando em mim atitudes e hábitos positivos de relação e cooperação, quer no plano actualmente nos vínculos de família, quer no da intervenção consciente e responsável na realidade circundante.

Desenvolveu as minhas atitudes autónomas, tornou-me um cidadão civicamente responsável e democraticamente interveniente na vida comunitária.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Escola Eugénio dos Santos – 1980


Em 1980, sou matriculado na Escola Eugénio dos Santos, escola que se situa no início da Av. de Roma, na freguesia de Alvalade, em Lisboa, a entrada principal da Escola, fica na rua Luís Augusto Palmeirim, por se tratar de uma escola preparatória, realizo apenas o 1º e 2 º ano.

É a minha primeira experiência, com a cidade, habituado apenas conviver na zona geográfica do Bº Musgueira Sul e do Bº da Cruz Vermelha no Lumiar, passo a interagir com a Cidade, do mesmo modo a sociabilizar me com crianças de outros níveis sociais diferentes. 

Para me descolar para a escola, utilizava o autocarro da Carris, alguns tinham primeiro andar, só por ai já era uma aventura.


Quando havia greves dos autocarros ia a pé, felizmente era raro, mas aconteceu algumas vezes.

A passagem pelo ensino preparatório, consolidou a minha aprendizagem na área da leitura, da escrita e das operações matemáticas, iniciou o contacto com língua estrangeira, a língua Francesa, desenvolvo o meu conhecimento sobre a história de Portugal e a compreensão do meio social e natural que nos envolve.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Escola Primária EB 91 - 1976


Em 1976, com 6 anos, dou os meus primeiros passos no ensino obrigatório na Escola Primaria n.º 91, situada no Bairro da Cruz Vermelha no Lumiar.

O Bairro da Musgueira Sul, tinha um equipamento escolar, mas devido ao facto da proximidade da casa das Tias, foi um factor determinante, para levar os meus pais a efectuarem a minha inscrição na escola no Bairro da Cruz Vermelha.
Aí fui recebido pela professora D. Manuela, a mesma acompanhou-me durante 4 anos, foi minha professora da 1ª a 4ª Classe.

As instalações eram compostas por 16 salas de aulas (cada uma com capacidade para quarenta alunos) que constituíam o centro de um complexo servido por recreios cobertos e descobertos, ginásio, refeitório e cozinha, sala de reunião para professores e restante instalações indispensáveis numa escola.
As instalações eram cómodas e aquecidas.

A Professora D. Manuela era uma senhora dedicada para além de leccionar o programa estabelecido, pelo Ministério da Educação, contribuindo assim para o desenvolvimento global de cada criança, pretendia também ir ao encontro das necessidades afectivas de cada uma, integrar, sociabilizar e preparar as crianças não só para o meio em que viviam, como também para níveis sociais diferentes. 

Esta escola, até 1980, ano em que terminei o ensino primário, proporcionava a cada criança um ambiente rico e equilibrado em valores sociais morais e afectivos, para que as crianças pudessem superar as deficiências de educação que o próprio meio em que viviam lhes oferecia.

A título de curiosidade a escola foi inaugurada oficialmente pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa em 18 de Dezembro de 1967.

O custo da obra para a Câmara Municipal de Lisboa, ficou em 3200 contos e ainda resiste até aos dias de hoje.

domingo, 6 de maio de 2012

Caracterização do bairro onde nasci.Cap.V



Sou eu com 6 anos (1976), esta Foto obteve o 1.º LUGAR, no concurso de fotografia na categoria (preto/branco e votação do público), no site http://www.memoriascomvida.org Memórias do passado, para um futuro melhor. (Ao fundo podemos ver os edifícios da Rua Pedro Queirós Pereira )

Muitos dos habitantes deste Bairro eram trabalhadores cujos empregos os obrigavam a ficar muitas horas longe de casa e longe das suas famílias era o caso dos meus pais, ambos funcionários públicos com horários sujeitos a turnos e para evitar algum desastre normalmente ocorridos todos os dias com crianças de tenra idade que os pais deixam em casa, optaram por encontrar, um local seguro, próximo do Bairro da Musgueira Sul, não muito longe, existia a Quinta D. Sebastião, ali vivia duas senhoras que tomavam conta de crianças, a Tia Amélia (ainda viva) e a Tia Mimi (já falecida).

Aos 6 anos de idade, as tias, nome adoptivo, porque não há duvidas as duas senhoras passavam a fazer parte das nossa Família, ao substituir os nossos pais na sua ausência, receberam-me, foi um porto de abrigo muito importante durante o período escolar na primária, prestaram um nobre serviço a mim e a muitas crianças que ali eram recebidas. Para além do apoio extra-escolar importante e isso manifestava-se nos bons resultados obtidos na escola, ali era uma casa onde imperavam regras, o local onde se serviam refeições trazidas de casa.

Estas senhoras foram uma tábua de salvação, para muitas crianças pelo modo dedicado como era feita a assistência.

Uma referência na minha infância dos 6 aos 10 anos

sábado, 5 de maio de 2012

Caracterização do bairro onde nasci.Cap.IV



As áreas verdes afectas ao Bairro, após o 25 de Abril de 1974, os habitantes do Bairro da Musgueira Sul, tiveram o privilégio de usufruir desta mancha Florestal.

Com uma área total de 24,6hectares, (a das Conchas e a dos Lilases) as duas quintas quinhentistas é a terceira maior mancha verde da capital, a seguir ao Parque Florestal de Monsanto e ao Parque da Bela Vista.                                                                                                       

A Quinta das Conchas tem uma zona que é ensombrada por frondosas árvores, denominada por mata, é serpenteada por uma estrutura de caminhos que nos convidam a deambular ao longo do espaço. O elenco vegetal é composto por um conjunto variado de espécies nos transmite uma sensação ainda de um estado “selvagem”.

Local de grande importância na minha infância, não só pelos momentos aprazíveis que estes locais normalmente me proporcionavam e proporcionam ainda hoje, foi também um local de aventuras, ponto de encontro com os meus amigos e vizinhos para jogar a bola, andar de bicicleta, reinar aos cowboys, um jogo de miúdos, que não passava em andar atrás uns dos outros, escondendo-se no elenco vegetal, o pendurar a corda numa árvore, a um pneu e fazer um baloiço, local de treino no âmbito do atletismo.

A Quinta da Conchas é um espaço verde que nasceu da recuperação de duas quintas do século XVI, tendo sido instalada por Afonso Torres.

Após ter passado por várias famílias de proprietários acaba por ser adquirida a 22 de Fevereiro de 1899,  por Francisco Mantero, importante roceiro em S. Tomé e Príncipe, também chamada dos Mouros, propriedade de D. Maria Juanna da Conceição Alcobia Tavares.

Em 1966, a Quinta das Conchas e dos Lilases são vendidas à Câmara Municipal de Lisboa (CML), pelo valor de 85 milhões de escudos, mediante escritura celebrada a 14 de Fevereiro.

A Quintas das Conchas foi alvo de uma recuperação importante nos meados do ano 2005, intervenção essa que foi programada a partir de estudos efectuados sobre os sistemas de composição da Quinta, que sustentou uma proposta que assegurasse a sua existência cultural, social e funcional através da recuperação, valorização e gestão do património que a constitui.

Irei mais tarde a retomar o assunto da Qt.ª das Conchas, nomeadamente sobre a defesa deste espaço, a onde eu estive presente. 

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Caracterização do bairro onde nasci. Cap III




Em relação ao convívio existente no Bairro, um dos consensos existentes é o facto de, no início da formação do Bairro, existir muito mais convívio do que existe hoje em dia.

Em parte esta questão, na minha opinião, aconteceu de forma geral com toda a população portuguesa, deve-se em concreto à não existência de televisão em casa de cada um, obrigando as pessoas a sair mais de casa para confraternizar.
Um dos locais de ponto de encontro eram os cafés e o Clube Atlético da Musgueira Sul, ia-se a este local para ver televisão, uma das poucas existentes no Bairro, muitos até iam para o centro do Lumiar.

Telefones também existiam poucos. Na minha rua só apenas havia uma vizinha, moradora na Rua F n.º 8, D. Angelina, que tal como acontecia em muitas aldeias portuguesas e porque era das poucas residentes a ter telefone disponibilizava-o a quem lho pedisse. Outro local era na mercearia que tinha um contador de períodos e no final da chamada pagava-se o respectivo valor da contagem, até 1974 foram poucos eram aqueles que o possuíam.
                                                                                                                  
Inicialmente o abastecimento de água, era feito graças à existência de três chafarizes públicos, razão complementar para justificar uma maior agitação das ruas e largos do Bairro.

Alguns moradores sem darem conta contribuíam bastante para o convívio fortificando as suas relações sociais, desenvolviam activamente na organização de passeios religiosos, nomeadamente a Fátima entre outras regiões do país, quando o escudo era moeda forte em relação a peseta, o destino era Espanha.
                                                                                                                         
Tipo de brincadeiras das crianças do Bairro da Musgueira Sul, há a enumerar o seguinte tipo de “divertimentos” que faziam parte das referências das crianças do Bairro.

  • Andar de bicicleta, quem tinha ou partilhava c/ os outros meninos;
  • Bater as portas e fugir;
  • Bater as panelas e tachos no final do ano;
  • Reunir em volta da fogueira durante as festas de S. João e final de ano;
  • Ir à "chinchada" de pêras, figos, laranjas, pêssegos e outros frutos que existissem nos quintais e quintas das zonas vizinhas ao Bairro;
  • Brincar ao "Toca e foge";
  • Fazer corridas com carrinhos de esferas;
  • Fazer corridas com caricas;
  • Saltar a corda;
  • Brincar a macaca;
  • Brincar ao peão;
  • Brincar ao bate pé.                                                                       
Hoje em dia, com o desenvolvimento social, económico e técnico, vêm condicionar em muito a nossa sociedade e por sua vez, a nossa forma de estar.

Assim neste contexto, os meus filhos, não tem a mesma liberdade e estão muito mais condicionados as suas quatro paredes da habitação, muito devido a um contexto humano recheado de imperfeições.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Caracterização do bairro onde nasci. Cap. II


A maioria da população do Bairro tinha origem rural. Vinham do campo e estavam habituados a trabalhos rurais e com animais.

De uma forma geral as profissões existentes eram, em grande número, as ligadas às funções de operários não especializados. Nas profissões mais especializadas, havia alguns mecânicos de automóvel, electricistas, motoristas e funcionários públicos. Muitas das mulheres dedicam-se à costura e a trabalhos-a-dias (limpezas), outras estavam em casa a trabalhar como cabeleireiras.

Relativamente à dimensão do agregado familiar, era um número de 6 pessoas por agregado familiar, em média.
A estrutura etária era relativamente jovem com muitos casais em princípio de vida e com muitos filhos.

As rendas de 60$00, 80$00, 90$00 e 100$00 praticadas pelo Município, sendo simultaneamente as que se afiguravam mais ajustada à data, com o princípio dos reduzidos recursos económicos dos seus habitantes, e desta forma penso que os ajudava a ocupar com dignidade e normalidade os seus lugares na sociedade.

No que concerne equipamentos assistenciais, existiam uma Creche, um Jardim infantil e um Balneário público.

Relativamente aos equipamentos comerciais existiam 2 mercearias do Sr. Mota, onde a figura do Sr. Alfredo, sendo um ícone do bairro, chegaria até ao final do bairro em 2001 fazendo a gestão dos estabelecimentos comerciais. No bairro existia também uma padaria, um vídeo clube e 3 cafés. Todos os domingos o bairro recebia vendedores de vários pontos da cidade e de fora, constituíam uma praça onde se vendia vários produtos hortícolas, fruta, ovos, sapatos, roupa, tapeçarias, peixe, queijos enchidos, bolos entre tantas coisas que deliciavam quem passava. 

No que respeita a equipamentos culturais é de destacar o pavilhão polivalente, a onde se realizava a missa ao domingo e práticas desportivas como boxe, a população era brindada pela iniciativa do Sr. Moisés, com sessões de cinema, os jovens organizavam bailaricos, o clube Atlético da Musgueira Sul desenvolvia a prática do futebol, todos os anos pela época dos santos populares, uma comissão de moradores, requisitava o recinto à Junta de Freguesia do Lumiar à entrada do bairro para ali se realizar os bailes populares. Nesse recinto era organizado também torneios de futebol salão, onde tive a oportunidade de organizar um grupo de jovens, ganhar as restantes equipas, e representar a freguesia no Lumiar nos Jogos da Cidade de Lisboa, em 1988.
                                                                                                            
Foi a minha grande experiência, onde coloquei a minha capacidade de gestão de projectos e de trabalho em equipa; coloquei a minha capacidade de liderança e a minha capacidade de organização à prova:

A)      Na captação e selecção da equipa / elementos a participar;

B)     Táctica / estratégia de jogo a adoptar;

C)      Motivar a equipa a vencer dificuldades;

D)     Captar publicitários, para compra de equipamento desportivo e outras despesas inerentes à actividade desenvolvida.

O único equipamento escolar existente resume-se a escola primária nº 77

Os serviços de saúde prestados à população realizavam-se no Centro de Saúde aberto no Bairro da Musgueira Norte.
O Centro de Saúde para além de consultas de várias especialidades (pediatria, obstetrícia, clínica geral e doenças pulmonares) deu assistência materna – infantil; actuou no âmbito da medicina preventiva (educação sanitária, vacinações), fez visitas domiciliárias, forneceu medicamentos e providenciou o internamento em Hospitais, etc.

Para além deste tipo de equipamentos, existiram outros equipamentos urbanos que caracterizavam o espaço público do Bairro. Assim, existiam ali três chafarizes públicos que forneciam a água à população, os postes de iluminação pública, a casa do fiscal, ao início do bairro onde se pagava inicialmente a renda.

Com o passar dos anos, as habitações vão sofrendo alterações realizadas pelos seus locatários e assim o bairro vai perdendo a sua traça inicial, tudo isto se deve um pouco devido ao facto da tipologia das habitações, estas pela sua pouca área não correspondiam às reais necessidades da população. A escassez de espaço era a questão mais falada. Uma das acusações que era proferida pela população era o facto das casas não terem sido correctamente concebidas numa perspectiva ergonómica e desta forma não eram compatíveis com as necessidades.

Muitos quando tinham possibilidade financeira encontram a solução de dotar a casa com um 1º andar, soluções improvisadas que contribuíam para melhorar um pouco mais a qualidade de vida.

Um dos maus hábitos que desde o início se registou foi o de muita gente não pagar a renda, a água e luz invocando dificuldades económicas. 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Caracterização do bairro onde nasci. Cap.I



Os problemas da habitação para aqueles que abandonaram as suas terras de origem, na ilusão de virem encontrar na capital melhores condições de vida, nasceu em Lisboa vários bairros sociais, como existiam em todas as grandes cidades, os meus pais fazem parte do número dos que não encontraram aquilo que procuravam, o número de quantos em Lisboa viviam em tais aflitivas circunstâncias é de 80 a 90 por cento de gente vinda da província. Este era o quadro social do tipo de população a onde eu vivia.

O Bairro da Musgueira Sul, encontrava-se situado no Lumiar e portanto, a norte da cidade de Lisboa. Com uma área de cerca de 6 hectares, o que equivale, a aproximadamente 1% da área total da freguesia do Lumiar, zona pobre na década de sessenta, que viria a ser caracterizada pelo conjunto edificação de pequenas casas de alvenaria, modestas, mas com o mínimo indispensável de forma a nelas viverem seres humanos, todas as casas disponham de casas-de-banho, a cobertura é era de telha-vã. 

O Bairro da Musgueira Sul, segundo a classificação da Câmara Municipal de Lisboa, um Bairro Social. Estes bairros são, geralmente, áreas de promoção habitacional pública, onde o Estado intervém ou já entreviu no passado nomeadamente, no que respeita à política de solo e politica social.

As minhas memórias do Bairro da Musgueira sul, estão na sua maior parte vivas o que, permite sem algum esforço desenhar e reflectir um pouco a sua vida quotidiana, por sua vez, permite penetrar na minha própria identidade.

Nasci a 17 de Maio de 1970




Do casamento de Sebastião Antunes e Ana Maria Beça Antunes realizado no dia 10 de Junho de 1967, pelas dezasseis horas, na paróquia do Lumiar, nasce o seu único filho, João Beça Antunes. 

Nasci no dia 17 de Maio de 1970, no Campo Grande em Lisboa, os meus pais viviam num Bairro, considerado desde o início para os pobres em Lisboa, o Bairro foi catalogado dessa maneira e portanto ostracizado em relação a outras zonas do Lumiar e da cidade de Lisboa, estou a falar da Musgueira Sul.

Por curiosidade, nasci no ano em que tomou posse o novo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Eng.º Fernando A. dos Santos e Castro, que viria a dar nome a uma Av., considerada de acesso estruturante do referido bairro, Av. Santos e Castro, junto ao aeroporto internacional de Lisboa.

Estas zonas eram criadas em locais isolados, fora do centro urbano, de forma a criar um ambiente da aldeia portuguesa.

Na minha opinião as características deste aglomerado habitacional tinham como meta, a adaptação da população recém-chegada à cidade. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Abertura do novo espaço


Inicio hoje, dia 1 de Maio de 2012, este novo espaço que vai estar associada à minha  vida activa e aponta para uma discussão, crítica sobre vários aspectos que envolve a nossa vida quotidiana.

Irei também fazer uma viagem ao passado, sobre  várias passagens da minha vida.

O início, não poderia começar, sem apresentar os meus pais. A eles devo a minha existência, não podendo por isso deixar de aqui lhes expressar o meu sentimento de agradecimento: a Sebastião Antunes, que nasceu a 23 de Novembro de 1932, natural de Castelo Branco da Freguesia de Idanha – a – Nova e a Ana Maria da Cruz Beça Antunes, que nasceu a 13 de Junho de 1929, natural Vila Real de Trás-os-Montes da Freguesia de Alijó. Ambos vieram para Lisboa trabalhar e conheceram-se no antigo Sanatório D. Carlos I, actual Hospital Pulido Valente, na Al. das Linhas de Torres, ao n.º 117.